Anvisa decidiu interromper o estudo sobre o imunizante para a Covid-19 após observar "evento adverso grave"
ATUALIZADO 10/11/2020 8:51

Opresidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (10/11), ao compartilhar a informação de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac, ter ganhado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu o presidente, em rede social, ao responder comentário de um usuário.
REPRODUÇÃO/FACEBOOK
A interrupção temporária dos estudos clínicos da vacina chinesa teria se dado devido, segundo anúncio da Anvisa publicado nessa segunda-feira (9/11), a um “evento adverso grave”. Agora, com a suspensão, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado nesta fase de testes.
A Anvisa, porém, não revelou qual teria sido o evento adverso. Disse, por meio de comunicado, que, “segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes”.
A paralisação ocorreu após a morte de um voluntário de 33 anos, morador de São Paulo. O óbito teria ocorrido no dia 29 de outubro e foi comunicado à Anvisa, que decidiu interromper os ensaios para avaliar os dados observados até o momento e julgar o risco/benefício da continuidade do estudo.
A suspensão dos estudos clínicos se dá no dia em que o governador de São Paulo anunciou que o estado começa a receber no próximo dia 20 de novembro as 6 milhões de doses da Coronavac. As doses vão chegar pelo Aeroporto de Guarulhos e, de lá, pouca gente sabe para onde vão.
metropoles.com